quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Bizarrice do REI no Especial de Natal


O pouco que assisti do tradicional Especial de Natal do cantor Roberto Carlos na Globo, uma cena bizarra, foi a do Rei fazendo aquele “batido” símbolo do coração com as mãos, numa reação aos aplausos do numeroso público que lotou a paria de Copacabana no Rio. Não vi tudo que rolou no show, mas talvez nada mais cafona que um astro das “antigas” fazendo aquele coraçãozinho a um público do seu tempo, que nada tem a ver com o sentido deste código. Nada contra, mas aquilo pra Rei, só se for pra REiSTART.
Na verdade, foi uma “forçação” de barra dos marketeiros, que certamente induziram o rei a uma situação deprimente, tanto que ele fazia aquilo na altura do umbigo, e transmitia certo incômodo ao fazê-lo. Ficou ridículo. Imagino que o Roberto tenha levado um tempo considerável para chegar àquela bizarrice.
Em questão, temos uma comunicação não verbal muito usado por garotões e gatinhas da modernidade para transmitirem sentimentos amorosos, mas o Rei Roberto Carlos não precisa disso, pois só a sua presença, seu carisma, sua simplicidade, sua forma natural e carinhosa de agradecimento, como sempre fez, além das letras que se eternizaram entre os nossos quarentões e até centenários seriam o suficiente para demonstrar seu apreço pelos fãs. Portanto desnecessário tal estratégia do nosso marketing moderno. O rei já tem seu público definido de conservadores.
Aliás, entre as novidades da atração neste ano, o Show de Roberto Carlos saiu do estúdio para uma arena. Também substituíram as cadeiras com gente famosa, fina e elegante por gente da plebe, desconhecidos que acompanharam a atração em pé. Público, inclusive em sua maioria formada por pessoas com mais de 40, mas era possível ver gente mais nova, que certamente acompanhavam os pais ou quem sabe, daqueles que gostam de aparecer em transmissão televisiva, principalmente em rede nacional. Então seria para estes a ceninha bizarra do coraçãozinho do Roberto? Mas caiu mais como um mico pro Rei da jovem guarda. Melhor a tradicional distruição de flores.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A espera de um milagre










Se por um lado a publicidade oficial da prefeitura de São Luís alardeia que a cidade está trafegável e uma maravilha com as grandes obras realizadas pela administração Municipal na infraestrutura, por outro, problemas crônicos neste segmento continuam dando dor de cabeça a quem trafega pelos bairros da capital, como é o caso do São Cristóvão, onde as ruas por dentro do bairro mais parecem crateras de fim de guerra.

A espera de um milagre, a avenida 02, como podemos ver na foto acima, é um exemplo do descaso na infraestrutura da capital. O detalhe é que foi exatamente esta via a escolhida pela prefeitura para o trafego dos coletivos que vão no sentido Cidade Operária para desafogar o caos da Guajajaras, na altura do Mix Mateus. Mas o que seria uma solução, se tornou um inferno aos motoristas que a usam como desvio por conta desse enorme buraco que, de fato, nunca foi resolvido pela Semosp e que tem resultado num verdadeiro quebra-quebra de carros no local.

Aliás, estive conversando com pessoas dali, e elas me disseram que há uns dias atrás a prefeitura até que fez um serviço, que de tão péssimo, com material de quinta categoria (apenas brita), não durou nem um dia. Bastou uma chuva e tudo foi de água a baixo. Ficou apenas o resto de brita solta.

Resultado: é que os próprios donos de comércios daquela região estão se obrigando a quebrar as paredes de seus estabelecimentos para entupir os buracos, o que resulta num lamaçal horrível. E os motoristas que tentam fugir do engarrafamento da Guajajaras, encontram na verdade é a arma de destruição para seus carros.

Para a prefeitura a avenida 02 deve estar perfeita. Mas para quem convive com aquila excrescência, o investimento do prefeito Castelo escoou todo pelos ralos e os moradores, bem como os condutores é que estão pagando caro por essa irresponsabilidade administrativa.

A espera de um milagre II


Ainda no São Cristóvão, outro ponto crítico é a rua (ou avenida) José Sarney, aquela que dá acesso ao bairro São Raimundo e muito usada pelos condutores que também querem fugir do maldito engarrafamento da Guajajaras. Os buracos ao longo da via são de lascar com os automóveis.

Essa foto no detalhe fica logo no início da rua, local onde já aconteceram muitos acidentes, e muitos carros já saíram, no mínimo com amortecedor danificado. Ao logo da via, se vai encontrar outros buracos iguais ou piores que este.
Vários serviços já foram realizados ali pela Prefeitura, mas o benefício dura pouco tempo e o drama continua.

Será se a ojeriza do Castelo pelo Sarney é tanta que não consegue fazer um serviço durável na via que leva o nome do senador amapaense ou é o material usado que não presta mesmo. Se for pela primeira opção, que mudem o nome do logradouro em nome da acessibilidade da população. Mas se for o segundo, que tenham vergonha na cara e passem a ter mais respeito com o povo desta cidade.

A espera de um milagre III





Esse negócio de esperar por milagre da Prefeitura de São Luis também está lá na Cidade Operária. A avenida Este, que passa por trás da feira do bairro, via por onde passam os ônibus, está completamente intrafegável há meses, sem uma resposta da administração Municipal. Na foto acima, a sequência de buracos que chegam a engolir pneus de carros.

Por conta da buraqueira de aproximadamente 30 metros, motoristas que necessitam passar por ali, fazem malabarismo e mesmo assim, às vezes não se livram do pior. A situação é tão gritante, que tem condutores usando um caminho de pedra e mato para desviar do abismo. Os ônibus que servem aquela área, como é o caso de Socorrão II, chegam a mudar a rota constantemente, cortando pela Maiobinha para sair no Posto Paloma, e deixando os usuários umas feras nas paradas.
A pergunta é: Será se a Semosp desconhece o problema? Não se pode acreditar que sim, uma vez que já realizou serviço bem próximo, mas parece ter feito vistas grossas para o caso, ou então achou que os buracos ali estão dentro da normalidade e problema é de quem insiste passa por lá, como se ninguém pagasse caro para ter ruas decentes nessa cidade.
E o pior é que vem ai o período chuvoso e vai complicar muito mais locais, que como estes, estão a mercer de uma resposta da prefeitura.

Sabe de uma coisa? Essa do cidadão que tira o último centavo do bolso pra contribui com seus impostos (inclusive tivemos reajuste de IPTU), deixar o Estado à vontade dá nisso. Se todo munícipe, no pleno direito de sua cidadania, que tivesse qualquer prejuízo por conta desses descasos, entrasse na justiça com uma ação por danos contra as administrações públicas, certamente o prefeito, o governador ou mesmo o presidente teriam mais cuidado com o bem público a bem da população.
Agora é bem verdade que o prefeito Castelo, tem atingido alguns pontos esquecidos pelas administrações passadas, mas também não adianta somente construir uma avenida ou uma pequena ponte e achar que pode gastar horrores para publicizar o feito, e deixar problemas antigos sem solução porque isso vai irritar os ouvidos daqueles que penam para se locomoverem dentro de seus próprios bairros.