terça-feira, 14 de setembro de 2010

Parada dura


A parada continua indigesta entre os candidatos Jackson Lago e a Roseana Sarney na disputa pelo governo do Maranhão. Melhores nas pesquisas de intenção de votos os dois (embora sob a bandeira branca da Branca) estão se comendo no horário gratuito no rádio e na TV. Um duelo de gigantes imersos em grandes podres. É um acusando a outra e a outra acusando um. É um que fez o que a outra deveria ter feito e a outra vai fazer o que nem a outra e nem um fizeram.

E a bola da vez nesta eleição foi a “grande” descoberta do gás natural em terras Maranhenses. Viram como agora o Estado é rico e grande potencial deste produto? Já encontram gás em pelo menos dois locais diferentes. E você já cavou o seu quintal pra saber se aí atrás de sua casa também não tem uma reserva? Pelo menos será uma oportunidade para colocar um balde d’água nessa fogueira dessa briga incessante pela autoria de um feito obra e graça da natureza. A Roseana garante textualmente que é dela a idéia de criar gás no Maranhão. Seguindo por outro meandro ideológico, o Jackson (pra não dizer que foi ele), apela para o povo. Criaram até o jingle: “ele é o dono do gás... o povo é o dono do gás”. Em primeira instância o eleitor pode imaginar que quem não é Ela (Roseana) é Ele (Jackon) ou numa segunda hipótese, coincidência ou não, o nome da coligação do governador cassado é exatamente: “o povo é maior”, obviamente uma referência muito oportuna ao nobre candidato pedestista.

E tem também o tal helicóptero da polícia que vai garantir definitivamente a segurança dos maranhenses. A Roseana afirma que Ela comprou o aparelho, enquanto o Jackson contesta e diz que Ele foi quem comprou (detalhe com nosso dinheiro né??? ahn-hammmmm). E tem ainda as tais casas do PAC da Camboa. O Jackson diz que entregou mil Ed tanto, já a Roseana diz que foi mentira que ele entregou só cento e tanto. O Jackson volta retirando um zero, mas alfineta que as obras estão paradas e só ele sabia como construir. A Roseana volta e condena o material usado no governo anterior ao dela. Ou seja, alguém embolsou ou está embolsando dinheiro público, nesse negócio, porque a verba vem e pelo visto não está sendo bem aplicada. E coitado do povo dali que ainda é usado para servir de chacota nas publicidades deles. Alguns são obrigados a mentir em nome de uma câmera ligada ou na esperança de que sejam ao menos lembrados dos micos que tiveram de pagar pra falar bem de um ou da outra. O caldo ta grosso!

E ainda cabem outros destaque, como por exemplo, a briga do Flávio Dino com a Roseana pelo cadáver da Dilma. Quê que é isso, gente! Foi parar na Justiça eleitoral que proibiu o Dino de se apropriar da galinha dos ovos de ouro do Lula. Portanto, batido o martelo: a Dilma é da Roseana e ponto final. É impressionante! Agora o Flávio terá que buscar um outro amuleto. Que tal o Paulo Maluf? Rárárárá.

E aqui é oportuno frisar que nesta campanha, além da Roseana, a Dilma também carrega nas costas o Lobão, seu antigo desafeto, e hoje “Lobão, meu querido amigo”, diz a Dilma nos spots do ex-ministro. Lembram que ela fez vistas grossas para que o Lula não o nomeasse ministro das Minas e Energia, feito que ela só não conseguiu, graças ao dedinho do velho Sarney? Agora cá pra nós, já viu se o Lobão não virasse ministro, também não teríamos gás.

Aliás, é impressionante como neste assunto eles tratam a natureza e o povo em geral de uma forma tão arrogante e irresponsável, talvez tendo a certeza de que estão falando para um público idiota que vive a míngua, apenas esperando a hora da morte, quando chega o salvador. Dizem que descobriram o gás, como se aquilo fosse uma fábrica que eles construíram enquanto governavam, ignorando a tão generosa mãe natureza, que até fica triste com essas descobertas. E falam sem a mínima preocupação com o futuro de nossas gerações que vão pagar caro por isso. É como, se explorar este elemento do solo terrestre fosse a coisa mais natural em nome de um pseudo enriquecimento para os nossos miseráveis. Quando na verdade esse gás vai gerar muito dinheiro nas mãos de alguns, e além de alimentar a miséria de muitos, ainda vai resultar em sérias consequências para todos. Com instinto de ganância, eles apenas falam em retirar, explorar o bem natural, sem apontar previamente as providências para conter os danos que esta ação vai causar ao nosso ecossistema.


Enfim, o ring está montado e lutadores atacam nas partes baixas. Mas eles sabem o que estão fazendo e pra quem estão fazendo. E esta é a triste realidade de nossos governamentáveis, que montados num discurso midiático, em suas teorias medíocres, encontram solução para tudo e para todos. E nessa época em que o marketing de guerrilha funciona muito bem, com o objetivo confundir a opinião pública, disparam um contra o outro suas metralhadoras, carregadas de devaneios, de hipocrisias, de mágoas e de mentiras. É farpa pra todo lado. E no meio disso tudo, o pobre eleitor vidrado, antenado, e cada vez mais confuso em descobrir quem é o menos mentiroso que vai merecer o seu voto no dia 3 de outubro. A não ser os alienados que se iludem com o inusitado mundo dos políticos.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Palhaçada no horário político


Assim como na propaganda gratuita de São Paulo tem o Tiririca, por exemplo, o horário eleitoral no rádio e na TV maranhense também tem os seus palhaços de plantão, que o diga nos horários do PSOL e PCB, ressuscitaram até o Tião Macalé e o ET.

Lembram o ET, aquele bichinho franzino e muito esquisito que fazia um quadro humorístico na televisão ao lado do Rodolfo, que ficaram famosos como a “dupla ET e Rodolfo”? Pois é, ele morreu, mas ressuscitou na pele de Wilson Leite, e é candidato a deputado Federal pelo PSOL no Maranhão. Só faltou o narigão e ser mais vesguinho. Rárárárárá.

E o engraçado dos candidatos desta sigla, é que eles tentam incitar o eleitor a dá um voto de protesto nesta eleição, ou seja o protesto são eles mesmos. Algo do tipo, se você está satisfeito com aquele que você elegeu, continue votando neles, se não, vote em mim... (seria fácil conseguir muitos votos se tivessem boas propostas).

Entre outras figuras gozadas do PSOL, tem também o Lopes, muito empolgado, sendo a opção aos desiludidos. E fazendo o inverso, Rogerio Vieira, o cara que mal abre a boca pra falar. Não dá pra entender o que ele fala, parece com um medo tremendo, imagine um “caboco” desse nos representando lá no Congresso!! Acho que o Pinto ainda é melhor opção. Aliás, inovaram em um programa, quando inventaram de colocar ao lado dele um rapazinho muito mais triste ainda pra fazer a animação ao final do fatídico discurso eletrônico do Rogério, mas foi um desastre. Era pro rapazinho, levantar o braço do candidato de forma vibrante, que daria a idéia de uma força política, mas o coadjuvante parece que não entendeu a estratégia ou ficou com medo, quem sabe de quebrar o braço do candidato, e acabou ficando horrível o resultado! Quem tem um ajudante desses ta é ferrado.
E por falar em tristeza, já viram o sósia do Tião Macalé (Nojento!!!) no programa eleitoral? Candidato a deputado federal pelo PCB, o Biné é uma figuraça. Olhando sempre pra baixo (o script parece estar no chão), erra o texto, perde a entonação e esquece até o número dele próprio. Imagine que pra votar vai ter que decorar os números de presidente, senador, governador, deputado estadual e federal, ele mesmo. Acho que vai precisar levar tudo anotadinho no papel pra lembrar lá na frente da urna. Agora sacanagem mesmo foi da produção, que sequer editou os erros do pobre Tião, né? Parece que ta em falta competentes editores de vídeo em São Luis. Ou então, se esses caras querem é tudo de graça, não dá mesmo.

A propósito, estes até deveriam incrementar uma lista dos candidatos mais engraçados nos programas eleitorais que rola na internet, onde aparecem figuras como Tati quebra barraco (aff), mulheres: pêra, morango, uva etc, os jogadores: Romário (que segundo pesquisa, já está eleito no Rio e vai conseguir ficar em dia com as pensões ou então aproveitar a oportunidade para se livrar de uma vez por todas dessa obrigatoriedade), Marcelinho Carioca, Vampeta, e ainda o gay Ronaldo Esper (que só saiu do armário, depois que viu na morte do seu rival deputado federal Clovil, uma oportunidade de se eleger a custa da irmandade em São Paulo), além do Maguila, REginaldo Rossi, KLB e claro, dele, o Tiririca: pior do que ta não fica. kkkkkkkkkk

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

TV DERRAPADA: a garfe do Zé Raimundo no 7 de setembro


O feriadão de 7 de setembro parece que andou mexendo com a cabeça de alguns apresentadores da televisão maranhense. Garfes puderam ser vista, nesta data em dois programas: na Mirante e na Difusora.
Na primeira, durante o JMTV 1ª Edição, o relógio digital marcava 11:55, quando a apresentadora Ana Guimarães (com um aspecto de apavorada) anunciava 11 horas e 59 segundos, ignorou até os minutos. Que vexame, hein!! Se bem que isso é coisa que acontece até na rede globo, lembram a Zileide Silva? Agora derrapada feia foi aquela do nosso experiente Zé Raimundo Rodrigues, no Difusora Agora. Durante seu editorial de início, em que fazia referência a data comemorativa da independência do Brasil, dizia que o evento havia ocorrido há 118 anos, tese que foi ratificada pelo entusiasta coronel Guedes, comandandte do 24º Batalhão de Caçadores, entrevistado do dia. Em certo momento, que o Zé diria o correto que seria 188 anos, foi imediatamente corrigido pelo Coronel que reafirmava os 118 anos. E assim, o programa rolou coma informação equivocada sobre o dia em que o grito do Ipiranga era proclamado por D. Pedro I.

Então vejamos: Pela afirmativa do Zé e do Guedes, a proclamação da Independência do Brasil teria ocorrido em 7 de setembro de 1892, e não neste mesmo dia no ano de 1822, como conta a história. Aliás, um fato muito importante acontecia na comunicação brasileira, no dia em que se comemorava o centenário da independência em 1922: era realizada a primeira transmissão radiofônica oficial, no Rio de Janeiro, direto do Teatro Nacional, onde acontecia a Exposição do Centenário. Na oportunidade, o presidente Epitácio Pessoa inaugurava a radiofonia com seu discurso que foi ouvido por muitos brasileiros que tiveram acesso aos aparelhos, principalmente no Rio e em São Paulo. Ali também era executada a primeira música no rádio tupiniquim: a opera “O Guarani”, de Carlos Gomes, trilha que virou a cara da Voz do Brasil.

Bom, o rádio comemora seus 88 anos no Brasil de funcionamento no Brasil, se levado em consideração esta primeira experiência, mas de acordo com a tese do nosso comunicador e do comandante do Exército brasileiro no Maranhão, pode-se dizer que essa façanha ocorreu em 1992, quando hipoteticamente, se comemoraria os 100 anos da independência, e portanto, o rádio hoje estaria ainda muito jovem com apenas 18 anos de existência nos ares brasileiros.

Poizé, pegou mal a do Zé, que a propósito, só ele tem mais de 40 anos atuando na radiodifusão maranhense, portanto, como pode o rádio ter apenas 18? Mas isso é o que dá fazer um programa de tamanha credibilidade como é o Difusora Agora, com uma produção pouco competente, e complica mais ainda por se tratar de um programa que leva a marca da emissora, e certamente, que uma informação repassada equivocadamente, como foi este caso, pode comprometer, também a imagem de um dos mais competentes e brilhantes profissionais do rádio e da TV maranhense e brasileiro, como é o José Raimundo Rodrigues.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

RÁDIO DERRAPADA NO HORÁRIO POLÍTICO

















O programa de rádio da coligação “O povo é maior”, ao governo do Maranhão do candidato Jackson Lago, trouxe uma nova. A locutora entra no ar com a seguinte frase: “aumente ai o rádio...”.
Êpa! Mas como assim?
Como uma das funções da linguagem do rádio é criar imagens, fiquei a imaginar o ouvinte ali na cozinha, com o radinho de pilha na hora do café, que ao ouvir o pedido do locutor, terá que fazer um esforço louco na tentativa de esticar o pequeno aparelho. Diferente de aumentar o volume do rádio.

É fato que o rádio cria neologismos, e é fácil de entender por usar uma linguagem coloquial, ou seja, que pode ser facilmente compeendida por todos, mas nunca a ponto deixar confuso o seu ouvinte.

Até que é perdoável certos erros que emanam dos improvisos ao vivo, agora é inadmissível que num programa produzido (com script e tudo), gravado e editado se cometam derrapadas dessa magnitude. Talvez o erro do locutor foi o de não ter alterado a sentença do produtor do candidato.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Só faltou o “selinho”


Bastidores: Ensaiando o texto da propaganda






Que lindo! Diria o Caetano, da amizade entre o João e o Lobão, naquela simpática atitude na propaganda eleitoral na TV, se tudo tivesse ocorrido por completo.
- Lobão trouxe o luz para todos para todo o Maranhão (sério????). Vote nele antes de votarem mim.
- Nada disso! (o que?? Não é verdade??? Pensei que só eu achasse a informação duvidosa). O João Alberto é o braço direito da Roseana no governo (humm só por isso??) Vote primeiro nele e depois em mim.
Moral da história: o eleitor vai ter problemas pra votar nos dois. Aliás, vai estar entre a cruz e a espada na hora de escolher em quem vai votar primeiro. No Lobão ou no João? Daí vai precisar de múltipla escolha: ou no “mamãe mandou”, ou no “cara ou coroa”. Ou ainda pode pedir ajuda: aos universitários, às cartas ou pode pular. Esse é o perigo dessa estratégia, que vem como um solução prática, mas que pode dá uma confusão enorme na cabeça do eleitor. Imagine se o cara esgotar todas as opções e não se decidir? Vai acabar votando nulo.
Mas faltou uma atitude apimentada pra complementar aquele cordial pós-discurso (dos amassos, agarra-agarra, puxa-encolhe, aquilo na mão e a mão naquilo), algo que pudesse empolgar o eleitorado. Se político adora pagar mico em época de campanha eleitoral, cairia bem um selinho pra que aquela estorinha tivesse um final feliz. Então só faltou o selinho e tudo estaria bem encaminhado.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Máquina de fazer dinheiro


Depois do kit de primeiros socorros (lembram?), já está em vigor no Brasil mais uma medida punitiva do Contran a condutores de veículos, visando coibir incidentes no trânsito. Falo da conhecida lei da cadeirinha, que obriga o uso de equipamentos nos automóveis para a segurança das crianças. Pela determinação, menores de zero a 7 sete anos e meio deidade, agora só no banco traseiro e usando a cadeirinha ou beber conforto.
Veja como fica:
Até 1 ano: bebê conforto no banco de trás
De 1 a 4 anos: cadeirinha no banco de trás
De 4 a 7 anos e meio: assento de elevação, sem encosto, no banco de trás

Ainda de acordo com a resolução 277 do Contran, de maio de 2008, o motorista que não se adequar a regra pode ter que pagar multa no valor de R$ 191,54 e levar sete pontos negativos na Carteira Nacional de Habilitação.


Ao contrário do cinto de segurança, que este sim, mostrou resultados, e tem evitado de fato, muitas tragédias no trânsito, a medida que obrigava os donos de veículos a usar o “kit de primeiros socorros” mais pareceu uma pareceria do governo com fabricantes para escoar o produto que foi vendido como água e nunca se teve conhecimentos reais sobre a eficácia de seu uso, tanto que, depois que venderam tudo (ou até alguém ter enriquecido com a produção), acabou-se também com aquela fiscalização ostensiva por parte da polícia e, por fim foi abolida.
Agora é a vez da cadeirinha, que além de sua obrigatoriedade nos carros, a medida estabelece categorias de uso para as crianças. Ou seja, o cidadão terá religiosamente que estar comprando o produto a cada época, como se tratasse de uma moda, onde o aficcionado por estar atualizado no vestir ou no calcar, tem que aderi-la, custe o que custar. Neste caso, o motorista não tem outra alternativa, mediante a punições tão severas impostas pelo Contran.
E aqui entram vários agravantes, por exemplo: os taxis também estão inclusos nessa medida? O taxista será obrigado a ter disponível quantos equipamentos? E quando o número de crianças for superior ao de equipamentos? E como ficam os transportes escolares, os próprios transportes coletivos,como vans e ônibus? Terão que adotar a medida e deque forma? Ou estes não representam um perigo eminente na condução de crianças? E ainda, o condutor que tem três filhos nesse público de 0 a 7 anos, já que nos bancos trazeiros só existem dois cintos de três pontas? Deixar um em casa, seria esta a solução?

O acessório é indispensável sim, mas ao contrário desta política severa para seu uso e consumo, diante de preços nada acessíveis ao consumidor (só um beber conforto tem custo médio de R$ 300 e as cadeirinhas chegam a quase o valor de um carro popular), sem contar a falta no mercado, a aquisição destes deveria acontecer espontaneamente por meio da consciência do cidadão, bem como suas condições. Caberia ao alcance deste, informações permanentes, seja através de campanhas publicitárias, como de orientações e noticiosos sobre o assunto no rádio, na TV e demais veículos midiáticos, como é o caso de impressos. Nunca na força e na obrigação, pois a forma draconiana com que essas medidas tem sido enfiadas goela a dentro nas pessoas, torna-se um abuso, pois além de mexer violentamente no bolso (seja na compra ou nas multas), pune os condutores com a perda de pontos na CNH. Assim, mais parece uma ação de um marketing industrial bastante agressivo, a ponto de se utilizarem o poder público (diga-se passagem do poder maior da república) para fomentar a venda dos seus produtos a qualquer custo.

Sinceramente, este negócio muito produtivo, por sinal, tem características de idéias visionárias de algugém que ver no comércio de carros, uma oportunidade de introduzir com êxito no mercado seus produtos. E com uma ajudinha dessas, então, sem dúvida que resulta em muita lucratividade, uma máquina de fazer dinheiro muito eficaz.