sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sapatão, uma ação gigante

Uma ação publicitária, no mínimo curiosa, mas muito inteligente fez a Nick, ao publicizar sua marca mundialmente, sem gastos com mídia. Fabricaram um tênis gigante e o deixaram em algum lugar na Inglaterra para gerar um recall midiático muito legal.

O par de calçados no tamanho 58, talvez feito com o objetivo exclusivo para esta campanha, foi deixado em um posto de combustível em Londres, onde os frentistas, ao darem conta dos enormes calçados, acionaram a polícia no sentido de identificar o dono do mesmo, que se pressupõe ser um sujeito descomunal, um super-homem, um gigante pra calçar um sapato enorme desse.
A polícia caiu em campo e até hoje procura o tal sujeito. Imediatamente o fato tomou conta da mídia. Rádios, TVs, jornais, sites, enfim, todo mundo passou a publicar sobre o tênis, com a marca Nick. E virou um fato midiático mundial. Todos querem saber, afinal quem é esse gigante que pode estar na Inglaterra ou em qualquer parte do planeta, e que por acaso passou em terras londrinas e esqueceu seu gigantesco par de tênis. Uma mobilização há mais de uma semana, tenta encontrar o "gigante".

Pelo visto, a polícia inglesa vai continuar em busca dele, a imprensa divulgando e o mundo querendo saber o desfecho dessa fábula, mas certamente que nunca encontrarão o suposto super homem, mas a Nick sabiamente deu o seu recado, atingiu seu objetivo de marketing, de mobilizar o mundo de forma espetacular em torno de sua marca, sem gastos com mídia. Para esta ação gigantesca, talvez, nada além do que os gastos industriais para a confecção do seu sapatão.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Faturando alto às custas do Berlusca

Se o premier italiano Silvio Berluscone vai mesmo ser preso ou processado por abuso de poder econômico e por abusar sexualmente (ao menos) uma menor, ninguém sabe, agora é fato que marroquina Ruby (a menina abusada, no caso) tem faturado bastante com a situação.

Karima el-Mahroug, conhecida como Ruby, descreveu a um jornal italiano como eram as festas de Berlusconi. Diz ela em depoimento que dezenas de mulheres ficavam nuas dançando e se acariciando em torno do primeiro-ministro. Pra que? Elas ali disputavam a atenção dele para ver quem conseguia excitá-lo.

De acordo com "Ruby Rouba Corações", pivô do escândalo envolvendo Il Cavaliere, era assim que aconteciam as chamadas "festas bunga-bunga" do chefe de governo italiano. Essas festas aconteciam num salão no subsolo do palácio.

"Todas as garotas ficavam nuas durante a bunga-bunga, e eu tinha a sensação de que elas estavam competindo umas com as outras para fazer com que Berlusconi as notasse, com performances sexuais cada vez mais ousadas", conta a dançarina marroquina que ficou conhecida pelo apelido "Ruby Rouba Corações" e cujo depoimento para os investigadores que apuram o caso teve trechos vazados e publicados no jornal italiano La Repubblica.

Quando fez isso Ruby tinha apenas 17 anos e por isso se tornou peça-chave do processo que corre na justiça italiana contra Berlusconi, que agora é acusado de contratar seus favores sexuais, embora tanto ela quanto ele neguem.

O julgamento do primeiro-ministro, está marcado para começar no dia 6 de abril. Ele já disse que não ta nem ai para o tal processo.
Mais recente, Ruby, protagonizou uma campanha publicitária de um livro italiano vestindo apenas calcinha e sutiã pretos.

Durante dois minutos (tempo do VT), Ruby apresenta o livro "Il Labirinto Femminile" de Alfonso Luigi Marra e convida o público a comprar a obra do autor, que é também advogado e ex-eurodeputado.
Agora cá pra nós: esse negócio do Berlusca, dessas festinhas regadas a muito fetiche e sacanagem pura, pode ter sido o grande influenciador do nosso atual ministro do Turismo. A diferença é que as orgias por aqui aconteciam luxuosíssimos motéis.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Publicidade que empobrece o rádio



A Ótica Diniz é sem dúvida, a empresa que mais investe em mídia eletrônica no Maranhão (sem preconceito de veículo), mas seus anúncios para o rádio têm deixado muito a desejar por conta das produções, que tem sido meras cópias do que vai ao ar na TV.

Na campanha em que a agência contratada usa a credibilidade do apresentador Rodrigo Faro para falar da ótica, o spot do rádio foi simplesmente o mesmo conteúdo do VT. Quer ver só? “Como apresentador viajo por todo Brasil e nessas andanças...”, assim inicia o texto. E aqui é que mora o perigo. Texto perfeito para a TV, que por ter o recurso da imagem, o telespectador, obviamente identifica que aquele cara é o inteligente e carismático apresentador da Record, mas para quem apenas escuta, vai ficar complicado saber quem está falando pra ele sobre a ótica Diniz.

Se a intenção é agregar-se ao produto a credibilidade, simpatia do artista, e levando-se em consideração que teremos ali duas produções: uma para a TV e outra para o rádio, então que custava pedir ao Faro só sua identificação para acrescentar ao spot? Não ficaria muito mais elegante o cara fazer uma cabeça dizendo o nome? Olá, eu sou Rodrigo Faro... e prossegue o texto. Simples assim, né?

Infelizmente esta tem sido um dura realidade dos produtores de comerciais para mídias eletrônicas, que apossando-se dessa atitude para economizar tempo, dinheiro e criatividade, não só empobrecem o veículo rádio, como ignoram o público deste meio. Parece que estão fazendo uma peça para autodidatas ou idiotas, ou seja, pensam que todo ouvinte de rádio tem obrigação de identificar uma voz (só porque tem a mesma peça na TV), ou que este espectador não merece saber dessa informação. Numa outra hipóteses, passam a idéia que o anunciante não ta nem aí ao público que pretende atingir, querendo apenas enfiar goela adentro seu produto, quando hoje o marketing é todo voltado a aproximar ao máximo o produto do seu consumidor potencial.

Lamenta-se que certas agências ainda tenham uma visão tão micro e pobre de uma campanha publicitária ao se esquecerem que cada mídia tem características e públicos de perfis diferentes e que a linguagem do rádio, por exemplo, ainda é 100% auditiva. Que os detalhes do áudio é que vão despertar no ouvinte o interesse pelo spot que vai ao ar. Assim reforçam esta peça a voz, a trilha, os efeitos e uma dose de criatividade, que vão influenciar na ação do consumidor potencial que ouve esta mídia a comprar o que está sendo anunciado. Do contrário, criam-se peças monótonas que nunca vão atingir o objetivo do anunciante, e que simplesmente vão apenas reforçar a fracassada idéia de que anunciar no rádio é jogar dinheiro fora. Publicidade que empobrece o rádio também não vende.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

S.O.S, o IML está morrendo

Parece estar cada vez mais difícil encontrar um local adequado para acomodar as instalações do Instituto Médico Legal de São Luís, que resiste as mais duras penas em sua infraestrutura física e funcional. Apesar do Secretário de Segurança Pública do Estado, Aloísio Mendes ter dito a imprensa que vai mudá-lo de endereço em breve, pergunta-se: pra onde vão levar o IML?

Nesta semana o Secretário fez uma visita surpresa à atual sede que fica no pátio da UFMA e constatou com seus próprios olhos aquilo que a imprensa há tempo vem denunciando, e aproveitou para anunciar que o IML, desta vez, vai ter sua sede própria, sem citar o local exato, que pode ser na Avenida dos Franceses ou nas proximidades do atual prédio, ali mesmo no campus da Universidade.

Essa "vontade avassaladora" do poder público estadual de encontrar um local descente para abrigar a instituição já vem rolando há um bom tempo. Ainda na gestão da Eurídice Vidigal quiseram levá-la para a Vila Palmeira, onde funcionava o Colégio Universitário (Colun). Na era do Raimundo Cutrim (na volta ao trabalho) chegaram à conclusão que o ideal era o prédio da antiga Rádio Timbira, no Bairro de Fátima. Mas nenhuma das sugestões foi bem vinda por aquelas comunidades, que chegaram até a acionar o Ministério Público, alegando que o Instituto por ali desvalorizaria ainda mais os bairros, que já tem uma imagem marginalizada. Desta vez Aloísio sinaliza duas novas possibilidades. A área desabitada da avenida dos Franceses fica ali, nas proximidades da Rodoviária, naquela reserva florestal, que inclusive chegou a ser sondada pelo prefeito Castelo para ser construído o terceiro Socorrão de São Luís, mas foi embargado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente. E se a decisão do Aloísio Mendes for levar o IML pra lá, a mesma Secretaria daria plenas condições para início das obras?

Enquanto eles vão discutindo sobre o local certo para adequar as novas instalações, o IML vai continuar sangrando na UTI do acaso, pois o governo parece vendar os olhos para a triste realidade estampada na sua estrutura física e funcional, bem como demonstra desconhecer a importância desta instituição para a nossa população. S.O. S, o IML está morrendo!!!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Jogada de mestre na aposentadoria do Ronaldo


No momento em que o Corinthians amarga tristes e frustrados resultados no futebol nacional e internacional, a aposentadoria do Ronaldo foi uma sacada de marketing perfeita do time na intenção promover operação abafa, levando-se em consideração que a "doença" do fenômeno, segundo especialista, não seria exclusivamente o motivo para tal atitude, como afirmava o jogador em sua coletiva.

Ao anunciar que penduraria as chuteiras, em meio a choros e lamentações, Ronaldo disse que sua briga contra a balança se daria por conta "hipotiroidismo", doença que exige o uso de hormônios, o que vai de encontro as regras antidoping. Mas de acordo com o médico gaúcho João Zanini, um especialista em doping (ao blog do Mário Marcos) o fenômeno errou feio em sua explicação sobre esse problema. Diz o médico:
- Ou o Ronaldo está enganado ou foi mal orientado. Não há qualquer proibição de fazer o tratamento. Bastaria ter enviado um relatório aos órgãos competentes, com o comprovante dos exames, e seria liberado para usar os hormônios, sem qualquer risco de antidoping.

Analisem comigo!

No ano do centenário do Corinthians (2010), quando a fiel torcida, tinha absoluta certeza que o timão daria ao menos uma alegria, acabou tendo que se contentar com um quinto lugar no Campeonato Paulista, eliminado nas oitavas de final da Taça Libertadores da América e terceiro no brasileirão. É! Mas em 2011 tudo vai ser diferente, vamos começar com o pé direito e vai ser só vitórias! Pensa a esperançosa torcida. Que nada! Logo na largada, foi a maior decepção. Com uma participação apagada no paulistão (jogando com timecos do interior) e um fiasco na Libertadores, o “campeão dos campeões” perdeu a moral para os fanáticos (que vendo já, como um replay do ano que passou), partiram com muita violência pra cima dos jogadores, sendo as maiores vítimas o lateral Roberto Carlos (que sofreu, inclusive ameaças) e o Ronaldo que acabou antecipando sua aposentadoria.

E é aí que entra em ação o marketing agressivo dos dirigentes alvinegros paulista, que com um retrospecto esdrúxulo, torcedores enfurecidos e em ano de eleição, se aproveitaram "hipotiroidismo" do jogador e armaram aí um fato midiático, usado como um tiro de misericóridia, na tentativa de conter os torcedores, induzindo-os a esquecerem essa urucubaca que ainda assombra o time.

Agora, cá pra nós, se Ronaldo já tinha dito que só se aposentaria no fim da temporada deste ano. Então porque e pra que essa antecipação emergencial? Na coletiva o jogador lembra a decisão havia sido tomada há cerca de três dias antes da consumação do fato. No mínimo estranho!

Na realidade, aposentar o Fenômeno foi a saída encontrada pelos dirigentes corintianos para driblar os torcedores e a imprensa da incompetência cavalar do elenco (incluindo o administrativo) e abafar a crise que penumbra sobre o parque São Jorge. De qualquer forma a aposentadoria do Ronaldo surtiu o efeito desejado pelos cartolas, tanto que ainda é repercutida no Brasil e no Mundo, em todos os canais de TVs, rádios, sites, blogs, impressos, etc, na boca do povo, e consequentemente rendendo mídia e dinheiro ao jogador e ao clube.