quinta-feira, 22 de março de 2012

Eu tinha razão e os Estados Unidos também: não dá pra confiar na urna eletrônica


Pois é amigos, ao contrário do que muitos falavam por ai, agora está mais que comprovado que a nossa urna eletrônica, apresentada ao mundo como modelo de proteção ao voto, não é nada daquilo que alardeavam. A urna pode ser sim violada. É o que acaba de acontecer.

Uma equipe do Departamento de Ciência da Computação da Universidade lá de Brasília (UnB) venceu um desafio lançado pelo Tribunal Superior Eleitoral, ao conseguir quebrar a segurança de uma urna eletrônica.

O TSE queria saber se alguém se habilitava a tal façanha, e em três dias, uma das nove equipes compostas por especialista de todo o País, conseguiu encontrar fragilidade no sistema da urna.

De acordo com a universidade, a equipe conseguiu organizar a sequencia dos votos na hora de votar, embora não tenha conseguido identificar quem votou.

Para amenizar, a UnB disse que apesar da falha ter sido encontrada, não se pode afirmar que uma eleição pudesse ser fraudada, pois para isso seria preciso que um hacker ficasse guardando a ordem de votação de cada eleitor.

De qualquer forma os Estados Unidos tinham razão, quando preferiram manter a fatídica contagem de votos a mão, a ter que fazer um grande investimento tecnológico para realizar suas eleições. Aliás, se o medo dos americanos era que a tal urna fosse de fato, tão segura, agora é hora de investir na invenção brasileira.
E se alguém ainda continua afirmando que esse método é seguro, eu já emitia minha opinião (inclusive no rádio), que tinha certeza, de que faltava apenas a pessoa certa para provar o contrário. Fui, inclusive criticado no ar, mas não é preciso ser um expert no assunto para entender que no mundo da informática, tudo é possível.

O TSE garantiu corrigir os erros e que continuará os testes objetivando garantir a inviolabilidade da urna eletrônica. Resta saber até quando essa garantia será eficaz.

Um comentário:

  1. Em Saquarema-RJ aconteceu um fato muito estranho. Antes das eleições era só andar pelas ruas e perguntar em quem o eleitor iria votar que a resposta era unânime: Pedro Ricardo, candidato da oposição. Pois bem, o rapaz perdeu em todas, eu disse todas as 173 urnas da cidade. Perdeu e perdeu de muito. O mais estranho é que hoje, um mês após as eleições, você vai às ruas e os eleitores continuam unânimes em dizer que votaram em Pedro Ricardo. Seria muito mais cômodo pro eleitor dizer que votou na candidata vitoriosa. Mas não, o eleitor bate o pé afirmando que votou no outro. Curiosamente, é difícil encontrar alguém que confirme que votou na candidata vencedora, que coincidentemente é a esposa do deputado estadual Paulo Melo, presidente da ALERJ. Existem vários relatos da internet e inclusive vídeos no YOUTUBE atestando a vulnerabilidade das urnas eleitorais. Está lá pra quem quiser assistir. O fato é que esse triunvirato: Cabral, Zveiter e Paulo Melo atenta contra a democracia. Todos os poderes encontram-se de um lado só da balança, prejudicando a alternância do poder, principal filosofia da democracia. O fato é que não adianta espernear, pois o TSE, por mais que existam evidências que comprovem, jamais irá admitir fraudes em suas 'caixas pretas'. O ideal seria que a urna eletrônica emitisse, também, um cupom onde mostrasse em quem o eleitor votou. E que esse cupom fosse colocado numa urna tradicional ao lado dos mesários, para fins de comprovação posterior. Uma coisa é certa: nenhum outro país no mundo, depois de examinar, quis comprar nosso ‘avançadíssimo, rápido e moderno' método de escrutínio, nem o Paraguai.

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