quinta-feira, 29 de abril de 2010

Alegria de pobre acaba na merda




O que estes dois homens tem em comum???
Nada né?


Esse balguela aqui com cara de retardado é o balconista americano Christopher Shaw. O outro ali em cima que até parece um amigo dos livros é o analfabeto brasileiro, José Santos Cavalcanti. E eles tem sim, algo em comum. Um é um pobre dos Estados Unidos o utro é pobre do Brasil e, os dois tiveram grande repercursão midiática por acertarem num concurso em seus respectivos países, portanto, ambos viveram seu dia de sorte.

Me criei ouvindo dois ditados populares muito emblemáticos: 1) que "filho de pobre não tem sorte" e 2) que "alegria de pobre dura pouco". Bom alguns casos reprovam essas teses (que o diga o Lula), mas no fundo, fundo, pobre sempre leva fumo, e (descupe a redundância), como diria o presidente, acaba mesmo é na merda.

E o pobre americano ai de sorrisão "magavioso", descendente de família caipira de lá decidiu jogar na loteria e ganhou sozinho um prêmio de US$ 258 milhões equivalente a R$ 455 milhões. Ao mesmo tempo por aqui o pobre de família miserável do interior do Pernambuco acertava 22 das 30 questões de um concurso público, estando, portanto habilitado para assumir um serviço que exigia ao menos o ensino fundamental pra ganhar "menos de um salário de mínimo," mais precisamente R$ 460.
E como ganharam esses premios? Chutando tudo. O amerciano não sabia que números iam sair daquele globo da sorte. O brasileiro nem fazia idéia do que se tratava cada pergunta naqueles papéis, mal conhecia as letras "A", "B", "C" e "D". Mas os dois chutaram e esbanjaram felicidade. Comemoraram muito o resultado.
O pobre amerciano até hoje comemora e está feliz, e tudo indica, pode (assim como o Lula) ficar alegre por muito tempo, quem sabe até o fim da vida (sei lá, né? Sabe como é que é né?). Mas o brasileiro, coitado, lascado, ainda é chamado de caloteiro, falsário, aproveitador, e queira deus, não seja alcunhado de ladrão, e acabe vendo o sol nascer quadrado por muito tempo, por ter agido de má fé ao concorrer um cargo que ele jamais poderia assumir, ainda que tenha pago R$ 60 pra prefeitura por essa inscrição. Porque aqui no Brasil é assim, a justiça funciona mesmo.

É, meus queridos amiguinhos, como diria nosso amigão Ritchie em uma de suas belas canções dos anos 80, a vida tem dessas coisas. E essa é a história de dois pobres que arriscaram. Um de um país desenvolvido se deu bem e outro de um país lascado se acabou literalmente na merda.

Conclusão: para a sorte nao basta ser pobre. Tem que saber ler e escrever.

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