segunda-feira, 7 de junho de 2010
O pai do rádio é brasileiro e tem nome: Roberto Landell de Moura
As tecnologias que dão origem ao rádio têm o seu marco em Cambridge, na Inglaterra no ano de 1863, quando o professor de física experimental James Clerck Maxwell, demonstrou teoricamente a provável existência das ondas eletromagnéticas. A teoria levou o alemão Henrich Rudolph Hertz a detecta em 1887, o princípio da propagação radiofônica, descobrindo as Ondas Eletromagnéticas. Assim, as ondas, antes identificadas como "quilociclos" são batizadas de "ondas hertzianas" ou "quilohertz", em referência a Hertz.
Ainda de acordo com a história do rádio, uma sequência de descobertas (que inclui a de Alexander Gram Bell com a telefonia sem fios), leva o italiano Guglielmo Marconi em 1896, a demonstrar o funcionamento de seus aparelhos de emissão e recepção de sinais, o que o credenciariam a paternidade do rádio, mas talvez, injustamente a história tenha omitido ou desprestigiado um brasileiro que figura suma importância nestes experimentos que resultam no rádio (algo parecido com a invenção do avião que os Estados Unidos insistem em ignorar a façanha do brasileiro Santos Dumont, dando méritos aos os Irmãos americanos Wright).
O primeiro mundo, portanto credita ao italiano Guglielmo Marconi as primeiras experiências de transmissão de sinais sem fio, em 1895, mas antes disso, mais precisamente em 1893, o padre cientista gaucho Roberto Landell de Moura (no detalhe acima) realizou a primeira transmissão de palavra falada, sem fios, através de ondas eletromagnéticas. Era assim que o Brasil também passava a contribui para o desenvolvimento das pesquisas no campo da comunicação e nos avanços que definiriam a geração do rádio no mundo. Com as invenções do religioso brasileiro, na transmissão de palavra falada através de ondas eletromagnéticas, pode-se, inclusive, creditar ao Brasil o pioneirismo do rádio e ao injustiçado Landell de Moura, a paternidade do veículo que mais tarde contagiaria o mundo com uma nova fórmula de comunicar, como nos mostra o autor Luiz Artur Ferrareto em seu livro: Rádio: o veículo, a história e a técnica (2001): “Ao mesmo tempo em que eram realizadas pesquisas na Europa e na América do Norte, o Padre brasileiro Roberto Landell de Moura obtinha em seus experimentos resultados, segundo os divulgadores de suas pesquisas, por vezes superiores aos dos cientistas estrangeiros. As suas primeiras experiências com transmissão e recepção de sons por meio de ondas eletromagnéticas teriam ocorrido entre 1893 e 1894.
Apesar de todo esforço e com seus experimentos bem além dos resultados de Marconi, Landell teve pouca notoriedade, e suas descobertas não tiveram importância alguma ao governo brasileiro, como frisa António F. Costela, em sua obra: Do Grito ao Satélite (1984): “Landell de Moura conseguiu patente norte-americana do telégrafo e do telefone sem fio e, em 1893, realizou transmissões com o telefone sem fio, vislumbrando, já naquele tempo, uma comunicação interplanetária. Suas descobertas estavam mais avançadas que as de Marconi, cujos inventos datam de 1896, pois teve o apoio do governo da Inglaterra, para realizar suas experiências. Mas Landell não pôde contar com o apoio da igreja, nem do governo brasileiro, por quem foi considerado muito avançado e, até, louco”.
Além disso, conta ainda a história que o Padre gaúcho, foi covardemente prejudicado por seus fieis, que, por acharem que o Padre era um bruxo (vendo sua dedicação por uma causa “macabra”), invadiram sua paróquia e quebraram todas as engrenagens que ele havia desenvolvido com tanto sacrifício. Por isso mesmo, houve muito atraso na apresentação dos equipamentos aos americanos, o que só viria a acontecer anos depois do Italiano.
E foi assim que os testes do padre cientista brasileiro, desenvolvidos antes de 1890 (os inventos de Marconi só tem visibilidade em 1895) e reconhecidos em anos posteriores, foram um marco para a comunicação mundial, em especial ao rádio. E por contribuição pioneira às telecomunicações, que o Padre gaúcho, Roberto Landell de Moura é considerado o "Patrono dos Radioamadores Brasileiros".
Este texto faz parte de minha tese final do curso de Publicidade e Propaganda apresentada a Faculdade São Luis que teve como tema central: A PROPAGANDA RADIOFÔNICA BRASILEIRA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE OS FORMATOS DE ANÚNCIOS NA RÁDIO DIFUSORA FM DE SÃO LUÍS.
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