quinta-feira, 24 de junho de 2010

Tabaco ou maconha no Brasão Nacional?


Na falta do que fazer para justificar os excelentes salários à custa dos brasileiros, vale tudo naquele congresso nacional, de propostas que não vão mudar em nada a vida da populaçao à idéias mirabolantes que leva-nos a questionar se os caras que que elegemos com nosso voto, de fato, foram ali para nos representar ou para fazer média às vezes dando uma de moralistas? Ao longo dos últimos 15 anos, por exemplo, "brilhantes" sugestões tem tido destaque na tentativa de uma possível alteração no Brasão das Armas Nacionais. Isso mesmo, meus amigos! O tempo todo aparece um parlamentar querendo queimar de uma vez por todas as folhas do fumo de um dos símbolos sagrados da nação, o nosso Brasão que foi desenhado pelo engenheiro Artur Zauer a pedido do Presidente Manuel Deodoro da Fonseca no século XIX.

Só entre 1999 e 2003 sete congressistas incoformados apresentaram projetos visando a retirada dessas folhas(ao lado do café que também tem suas folhas estampadas no Brasão, o fumo representava uma das grandes riquezas do Brasil na época). Vejamos:

1. Do Deputado NEUTON LIMA, nº 1.345/99, projeto propõe a troca do fumo pela da cana-de-açúcar.
2. No mesmo ano, através do Projeto de Lei nº 1.981/99, o Deputado ROBERTO PESSOA pretende a substituição do tabaco pelo algodão.
3. No ano seguinte o Deputado BISPO WANDERVALO (pelo nome é daqueles que ocupa uma vaga nos legislativos só pra propor leitura da bília e oração antes das sessões pra expulsar o encostos dos capetas) apresentou o projeto de nº 2.916/00, pede a substituição pela soja.
4. Sem ter nada pra apresentar, em 2001 o Deputado ELIAS MURAD, também também propõe a substituição do tabaco pela soja (O Projeto de Lei nº 4.698/01).
5. No mesmo ano, Deputado JOSÉ CARLOS COUTINHO vai mais longe e sugere colocar nas Armas nacionais a folha do guaraná (PL nº 4.772/01).
6. Dois anos depois, achando que ele seria o salvador da pátria, ou talvez por falta de criatividade pra elaborar um projeto de eficácia, o Deputado CARLOS NADER, também sugere substituir-se a representação do tabaco pelo guaraná (PL nº 481/03).
7. Também em 2003 o deputado PASTOR FRANCISCO OLÍMPIO, acha que o trigo seria a folha ideal nas Armas Nacionais.
Mas posteriormente, outros, fabulosos paralmentares seguiram apresentando projetos neste sentido, como foi o caso folclórico Clodovil Hernandes, que antes de virar purpurina também quiz ver a cana no lugar do tabaco.

Todos esses Projetos de lei tinham como justificativa que a atual representação levaria a associação do tabaco ao vício. Eles encontram-se na Comissão de Constituição e Justiça e de Redação da casa.

Bom, qualquer campanha anti tabaco será sempre bem vinda, no sentido de se consientizar a população e previnir doenças graves, como é o caso do câncer, uma doença incurável advinda do consumo do cigarro, o que não vem o caso destas propostas apresentadas que tem como objetivo desvincular o Brasil da idéia do vício, como se aqui tivéssemos um culpado por isso, ou seja, as folhas do tabaco no Brasão das Armas Nacionais seriam as responsáveis pelo consumo do cigarro? O gozado é que as sugestões dos "brilhantes" que já apresentaram seus PL variam sempre entre o trigo, soja e cana de açúcar. Porque não evoluir no leque de opções? Talvez nunca tenham passado esses projetos por falta de ousadia em seus argumentos.
Se querem então apresentar algo tão real, que identifique o Brasil com aquilo que mais se cultiva, sugiro aos próximos inconformados parlamentares (que tem tanta coisa pra fazer com suas bundas gordas sentadas naquelas confortáveis poltronas) que apresentem a substituição das folhas do fumo pelas folhas da maconha, ou senão, ou pelo pasta da cocaína, ou por pedras de craks. Será se existe algo mais cultivado, produzido e consomido no país do que isso?
Pelo menos alguém no Congresso se salvaria da hipócrisia que impera nos elementos "respresentativos" desta nação, aqueles que com a sua falsa moral se alimentam de uma população desinformada e sem condições de se defender das armadilhas do sistema político medíocre que se instalou e persiste a cada nova legislatura neste país dos contos da carochina, dominado por pinóquios que ainda acham que todo mundo representa tão bem seu papel de idiota atríbuido nesta novela da política brasileira.
Pra efeitos pedagógicos, certamente a folha do fumo, da maconha ou seja lá o que for no Brasão das Armas Nacionais jamais infuenciará alguém à práticas, sejam lícitas ou ilícitas, aliás, talvez ninguém esteja nem ai pro que tem por lá. Na verdade, o povo não precisa de projetos sensacionalistas ou moralistas, mas simplesmente de medidas eficazes que lhe garanta um pouco de dignidade.

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