sexta-feira, 16 de julho de 2010

Atacadão de problemas


Não que eu seja contra o desenvolvimento da Cidade em sua ampliação de mercado e concorrência, mas não dá pra entender como certas coisas acontecem livremente aqui por São Luis, sem um acompanhamento responsável do nosso poder público, como é o caso do funcionamento do Atacadão, recém inaugurado na tumultuada avenida Jerônimo de Albuquerque, por onde passam todos os tipos de conduções, entre veículos de pequeno porte, caminhões cargeuiros e ônibus, e até mesmo os teimosos carroceiros.
Se por um lado, o empreendimento representa uma opção a mais ao consumidor ludovicense, inclusive com rasas vantagens de compra, e em localização estratégica (que já conta com outros setores de grande movimento), além de representar vantagens econônicas ao município e ao Estado, por outro lado, vem acarretar mais um problema ao trânsito da capital, já que o mesmo se situa em um dos corredores mais complicados, principalmente em horário de pico. Com a mais nova atração comercial da cidade, aquela via se tornou mais que um caos, dada a constância de entra e sai de veículos no local. Sem alternativas para fugas naquela região, resta aos motoristas recorrerem a paciência e amarguarem longos períodos nos engarrafamentos, resultando em atrasos nos compromissos, e em se tratando de situação de emergência, salve-se quem puder.
Se antes já era complicado trafegar por ali em dias normais (apenas com uma melhora nos fins de semana), agora, a complicação é em qualquer dia, em qualquer horário, e ainda com os constantes acidentes pela via, o bom senso às vezes perde a razão. É algo parecido com a Avenida São Luis Rei de França, logo após o elevado da Cohab, onde, com a inauguração de mais um Shopping Center, se reabilitou o problema no tráfego de veículos, que parecia ter sido solucionado com o disciplinamento da via pela SMTT a pouco tempo.

Casos como esse que tem trazido danos aos motoristas de São Luis, mostra uma certa deficiência nos órgãos administrativos da cidade, que parecem não se preocupar com certas necessidades dos seus munícipes. No trânsito caótico que estamos tendo nos últimos anos, com o desenfreado crescimento no volume de veículos nas nossas ruas, permitir o funcionamento de um comércio de grande porte em uma das avenidas mais movimentadas e sem escoamento, é oferecer um atacadão de problemas aos condutores que precisam de mais fluidez e agilidade em seus deslocamentos. Pode-se dizer, portanto, que isto se trata no mínimo de uma irresponsabilidade dos nossos administradores, que antes de liberar um alvará desses, deveriam melhorar as condições destas vias para que o cidadão não viesse a sofrer tantos desgastes psiquicos e emocionais, ao se obrigar a vexames e perda de tempos preciosos em um trânsito completamente parado.

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