quarta-feira, 7 de julho de 2010

64 hospitais e onde estão os funcionários?


A promessa da atual governadora do Maranhão, Roseana Sarney de entregar mais de 60 hopitais até o final de seu governo (finda agora), que acabaria de uma vez por todas com o problema no atendimento à saúde dos maranhenses, também trás à tona uma pergunta que não quer calar: onde está o pessoal que vai trabalhar nessas 64 casas de saúde?
Lembro de um caso em Brasilia que foi pauta do humorístico CQC da Band em seu quadro "Proteste Já" em que moradores de uma região denunciavam que um hospital(bem equipado) havia sido entregue pelo prefeito há mais de um ano, e nunca funcionou por falta de pessoal. Mesmo contando com uma casa de saúde bem próximo de suas residências, os moradores eram obrigados a caminhar longas distâncias para buscar emergência. Promessa cumprida, mas talvez o mal entendido era que o prefeito tinha prometido um imóvel equipado, não o funcionamento hospitalar para atender os pacientes.

Voltando pra cá, em se tratando de obras visando barganhar votos, já faltam poucos meses (a eleição ta bem ai) para serem entregues os 64 prédios com pleno funcionamento. Mas para que isso aconteça com sucesso, o governo do Estado deveria atencipadamente ter providenciando um concurso público para absorver profissionais da área de saúde para ocupar essas unidades, o que não acorreu, e nem ocorrerá, pelo menos neste momento, já que estamos em ano eleitoral e pelas regras o Estado não pode realizar concurso neste período. Assim, a explicação que podemos ter agora é que os hospitais só serão entregues no próximo governo, e ai haja empurrar com a barriga e ganhar voto no grito com essa promessa fantástica que faz brilhar os olhos daqueles ainda respiram a esperança de um atedimento mais digno, e que tanto sonham em não serem mais obrigados a se deslocarem nas piores condições de suas cidades em busca de atendimento nos socorrões de São Luis ou dos Estados vizinhos.

Quanto aos prováveis funcionários dessas prováveis casas de saúde, serão de fato concursados ou o governo vai apenas tercerizar os serviços para complicar ainda mais a vida dessa gente sofrida, como já se pode observar, por exemplo no hospital do servidor (Ipem) aqui em São Luis, onde existe paciente indignado por metro quadrado? Ou será se vão contratar irresponsavelmente trabalhadores para ficarem por lá até passar o período eleitoral, e depois ficar aquela choradeira de quem trabalhou e não recebeu e os prédios viram casas abandonadas?

Esperamos que desta vez doença não seja confundida com negócio, e que doente não seja visto apenas como uma máquina de fábricar de voto, ao depositar toda sua esperança nas urnas, mas que continua morrendo à míngua nos corredores do caos, e que aqui no Maranhão não se repita o exmplo do descaso com a saúde pública como vimos lá em Brasília, e por fim, que os 64 hospitais sejam inaugurados em tempo hábil e tenham em seus quadros funcionários concursados e capacitados em suas funções para que se tenha um serviço de qualidade, porque a população está cansada de promessas ilusórias, e de uma saúde precária.

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